É a notícia do momento: Vivo apresentou BlueOSGenericName, sistema operacional próprio projetado especificamente para os dispositivos móveis da marca. Desta forma, segue o caminho já seguido por outros fabricantes como Xiaomi ou Huawei, embora pareça que este é um projeto que já vem sendo trabalhado desde 2018.
Este novo sistema operacional da Vivo foi desenvolvido em Linguagem de ferrugem e, sempre de acordo com o que a empresa anuncia, superaria o Android em eficiência. Em qualquer caso, não há intenção a curto ou médio prazo de o BlueOS substituir completamente o Android nos telemóveis da marca.
À partida poderíamos pensar que se trata de um filme que já vimos: sistemas operativos alternativos de o Harmony para Huawei ou HiperOS para Xiaomi. Mas há uma diferença fundamental entre estes e a nova invenção da Vivo: os primeiros são compatíveis com Android, mas não com BlueOS, que um dia estaria destinado a substituí-lo em seus celulares e tablets. Daí a importância desta novidade.
Desta forma, podemos estabelecer três categorias de dispositivos móveis de acordo com o sistema operacional que utilizam:
- Aqueles que usam Android, que é o mais difundido e utilizado por quase todas as marcas (exceto pelos aparelhos Apple, claro, que usam iOS).
- Aqueles que usam Android, mas adicionando camadas de personalização.*
- Por fim, os mencionados o Harmony o HiperOS, que são diferentes do Android, embora sejam compatíveis com ele.
Bem, o BlueOS não aparece em nenhuma dessas três categorias. É algo novo e totalmente diferente. Um sistema operacional independente do Android e não é compatível com ele.
(*) A mesma marca Vivo utiliza, para seus aparelhos comercializados em países ocidentais, uma camada própria de customização denominada FuntouchOS. Também possui sistema operacional próprio apenas para o mercado chinês chamado SO de origem, compatível com Android e não tem nada a ver com o novo BlueOS.
Recursos do BlueOS
Embora ainda existam muitos detalhes que não conhecemos sobre este sistema operacional, a empresa Vivo revelou alguns dos detalhes e recursos mais importantes do BlueOS:
Linguagem de ferrugem
É a grande novidade, o que marca a diferença definitiva do BlueOS em relação a outros sistemas operacionais. Ferrugem É um sistema de linguagem de programação aberto e colaborativo que iniciou sua jornada em 2010. Nos últimos anos, empresas como Mozilla e Samsung carregaram o fardo de seu desenvolvimento.
BlueOs não é o primeiro sistema operacional a ser projetado nesta linguagem, embora seja o projeto mais ambicioso desenvolvido até hoje.
Por que a Vivo escolheu este idioma e não outro? Aparentemente, a chave é que através desta linguagem é possível fortalecer ainda mais a segurança da memória e ao mesmo tempo, otimizar seu desempenho ao máximo. Na verdade, graças a ele, o BlueOS poderá funcionar sem problemas utilizando um processador com apenas 200 MHz e 32 MB de memória (sempre segundo a Vivo), mas também com processadores de 4 GHz + 24 GB de memória.
Prefeito rendimiento
O grande argumento que a Vivo defende para divulgar seu novo sistema operacional é que ele representaria um grande avanço em termos de desempenho geral dos aparelhos que os utilizam. Segundo o fabricante chinês, BlueOS funcionaria perfeitamente com uso limitado de memória (eles dão o valor de 67%). Usamos a condicional porque ainda não existem análises e testes que possam confirmar isso.
A Vivo afirma ainda que a velocidade de muitas ações realizadas com nossos telefones aumentaria 18%, ao que teríamos que somar uma eficiência de renderização de 48%.
Além de tudo isso, BlueOS incorpora o Sistema de intercomunicação BlueXlink entre todos os dispositivos que fazem parte da família Vivo: fones de ouvido, celulares e tablets. Mais uma prova de que estamos perante um projeto com clara vocação para o futuro.
Inteligência artificial
Hoje em dia parece impossível conceber qualquer novo projeto tecnológico sem a ajuda da Inteligência Artificial. E o BlueOS, claro, não é exceção. O novo sistema operacional nasce agora pronto para suportar grandes modelos de IA, com grande capacidade de interação multimodal que lhe permitiria gerar conteúdos de imagem e texto. Interessante.
Qual será o primeiro dispositivo Vivo a rodar BlueOS?
É a grande questão, para a qual ainda não temos uma resposta definitiva. Rumores dizem que os primeiros aparelhos a incorporar o novo sistema operacional serão os próximos modelos de relógios inteligentes da marca, já que este é o produto estrela do fabricante chinês. Talvez veremos isso no Vivo Watch 4?
No entanto, as vozes mais experientes acreditam que o BlueOS é um sistema demasiado sofisticado e complexo para ser limitado apenas ao espaço do smartwatch. Muito provavelmente, mais cedo ou mais tarde, o Telefones Vivo com BlueOS irrompeu no mercado oferecendo uma alternativa séria e real ao domínio incontestável do Android. A ideia é boa, mas para que se torne um sucesso há muitos outros fatores em jogo.